quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Os direitos das crianças - Li e gostei. E voce?



Toda criança do mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.
Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os direitos das crianças
Todos têm de respeitar.
Direito de Perguntar...
Ter alguém pra responder.
A criança tem direito
De querer tudo saber [...]

(Rocha, 2002)
LER TODO O ARTIGO...

sábado, 2 de novembro de 2013

Poesias de Vinicius de Moraes




A foca






Quer ver a foca
Ficar feliz?
É por uma bola
No seu nariz.


Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.


Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga!




 O pingüim




Bom-dia, Pingüim
Onde vai assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim.
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu de jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca.



Natal




De repente o sol raiou
E o galo cocoricou:


— Cristo nasceu!


O boi, no campo perdido
Soltou um longo mugido:


— Aonde? Aonde?


Com seu balido tremido
Ligeiro diz o cordeiro:


— Em Belém! Em Belém!


Eis senão quando, num zurro
Se ouve a risada do burro:


— Foi sim que eu estava lá!


E o papagaio que é gira
Pôs-se a falar: — É mentira!


Os bichos de pena, em bando
Reclamaram protestando.


O pombal todo arrulhava:
— Cruz credo! Cruz credo!


Brava
A arara a gritar começa:


— Mentira! Arara. Ora essa!


— Cristo nasceu! canta o galo.
— Aonde? pergunta o boi.
— Num estábulo! — o cavalo
Contente rincha onde foi.


Bale o cordeiro também:


— Em Belém! Mé! Em Belém!


E os bichos todos pegaram
O papagaio caturra
E de raiva lhe aplicaram
Uma grandíssima surra.



 

 O pato






Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
La vem o Pato
Para ver o que é que há.


O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.



 A cachorrinha


Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!


Pode haver coisa no mundo
Mais branca, mais bonitinha
Do que a tua barriguinha
Crivada de mamiquinha?
Pode haver coisa no mundo
Mais travessa, mais tontinha
Que esse amor de cachorrinha
Quando vem fazer festinha
Remexendo a traseirinha



 As abelhas


A AAAAAAAbelha mestra
E aaaaaaas abelhinhas
Estão tooooooodas prontinhas
Pra iiiiiiir para a festa.


Num zune que zune
Lá vão pro jardim
Brincar com a cravina
Valsar com o jasmim.


Da rosa pro cravo
Do cravo pra rosa
Da rosa pro favo
Volta pro cravo.


Venham ver como dão mel

As abelhinhas do céu









 O elefantinho



Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?


— Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!
 







LER TODO O ARTIGO...

Vou lendo com meus pequenos e postando aqui


 




Olha a bolha d'água
no
galho!

Olha o orvalho!
Olha a bolha de vinhona rolha!Olha a bolha!
Olha a bolha na mãoque trabalha!
Olha a bolha de sabãona ponta da palha:brilha, espelhae se espalha
Olha a
bolha!
Olha a bolha
que molhaa mão do menino:
A bolha da chuva da calha !

Cecília Meirele


CANÇÃO DA INDIAZINHA




.NA, na,
mas porque chora essa menina?
Pela flor do maracujá.

Mas, se eu lhe der uma conchinha,
a menina se calará?
Aána, aáni na na.

Na, na,
se eu lhe der a asa da andorinha,
a cantiga do sabiá?
Aáni, aáni, na na

Na, na,
nada disse: que esta menina
quer a flor do maracujá.

Na, na.
E ela a quer apanhar sozinha !
E chora que chora a menina
pela flor do maracujá.
Na na.

Cecília Meireles



A bailarina

                                                        Cecília Meireles
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
—–
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
—-
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
—-


Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
—-
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
—-
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.



 
Chovem duas chuvas:
de água e de jasmins
por estes jardins
de flores e nuvens.

Sobem dois perfumes
por estes jardins:
de terra e jasmins,
de flores e chuvas.

E os jasmins são chuvas
e as chuvas, jasmins,
por estes jardins
de perfume e nuvens.


—-
—-
o cavalinho Branco



À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:

mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.


O cavalo sacode a crina
loura e comprida

e nas verdes ervas atira
sua branca vida.

Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos

a alegria de sentir livres
seus movimentos.

Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!

Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!

Cecília Meireles





LER TODO O ARTIGO...
 
2009 Template Scrap Rústico|Templates e Acessórios